domingo, 15 de agosto de 2010

Desintoxicação, destoxificação ou detoxificação?


Bem na verdade, todos os termos tem o mesmo significado: eliminação de substâncias tóxicas, que muitas das vezes, ingerimos e nosso organismo por esse excesso de consumo, pode começar a acumular. Todas essas substâncias, principalmente vindo de fármacos, alimentos industrializados e vegetais ricos em agrotóxicos precisam passar por alguns processos no nosso organismo para que tal substância tenha capacidade de eliminação.
Esse é um processo fisiológico, nosso organismo sempre vai ser realizá-lo. A detox (como normalmente chamamos) é realizado por todas as células de todos os tecidos, mas principalmente pelo intestino (20%, aproximadamente) e no fígado entre 60 a 65%. Então problemas de constipação intestinal, diarréias recorrentes ou problemas hepáticos em geral normalmente podem não estar desempenhando bem essa função.
Porém, existem duas principais limitações: problemas genéticos (que possam impedir ou dificultar a eliminação) ou quando o consumo é maior que a capacidade que nosso organismo tem de eliminação. Verifico na minha prática clínica o segundo problema ocorrendo com muitos pacientes, e o motivo sempre é o mesmo: a falta de tempo para um consumo de alimentos com qualidade. A preocupação sempre é a falta de tempo e ainda se o produto consumido é diet ou light.
Caímos em uma outra questão: na sua grande totalidade, esses tipo de alimentos processados tem baixa qualidade nutricional e alta quantidade de adoçantes artificiais (em outro post falarei melhor sobre adoçantes), corantes, acidulantes, conservantes, entre outros, e quando consumidos em grandes quantidades é como nosso organismo ficasse saturado de tal substância e não reconhecesse o excesso do mesmo.
Há ainda outros fatores que aumentam o caráter tóxico do nosso organismo: jejum, dieta de baixa caloria, dieta pobre em proteínas, deficiência de vitaminas e minerais, dietas ricas em carboidratos, cigarro, álcool, alimentos ricos em adoçantes (principamente artificiais).
Mas, como saber se estamos afetados por toxinas? Preste atenção se você tem múltiplas hipersensibilidades, ansiedade, tonturas, déficit de memória, concentração ruim, fadiga generalizada, dores de cabeça/enxaqueca, dificuldade de emagrecimento entre outras. Importante: se possui algum desses sintomas, consulte um Nutricionista Funcional para ter certeza da origem do seu problema.
Para aumentar a capacidade de desintoxicação do nosso organismo e promover saúde e emagrecimento saudáveis e efetivos, é preciso praticar atividades físicas (sempre com supervisão de profissionais capacitados e autorização médica), diminuira ingestão de medicamentos sem prescrição médica e consumir alimentos (de preferência orgânicos) que aumentem a capacidade de detoxificação do nosso organismo:  couve, vegetais verdes escuros, limão, cúrcuma, frutas, chá verde...
Adicione esses alimentos diariamente e siga as dicas acima diminuindo a ingestão de susbstâncias químicas e verifique como seu organismo funcionará melhor. Suco de limão com hortelã, arroz integral com cúrcuma, salada de grãos com couve regado ao azeite extra virgem e ervas...Hummm...Bom apetite!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dia 26 de abril - Dia nacional de combate a Hipertensão Arterial

    Cresce cada vez mais o número de brasileiros que possui Hipertensão Arterial, e não resta mais dúvidas que entre os grandes vilões estão o sedentarismo, estresse e alimentação incorreta.
Atualmente, o consumo da população brasileira é rica em sal e gorduras saturadas ou trans e a alimentação tem um papel primordial para o aparecimento da doença. Com o aumento do consumo de alimentos industrializados, e consequentemente de sódio - vilão para quem é Hipertenso, e está presente em alimentos processados, embutidos, realçadores de sabor, adoçantes e até refrigerantes. Ou seja: não é muito difícil que o consumidor utilize esses produtos em todas as refeições. E dá-lhe sódio, gordura saturada, substâncias processadas, químicas e tóxicas para o nosso organismo. Será que as nossas células e vasos sanguineos aguentam essa pressão?
Com certeza não! É só observar como cresce a incidência de Hipertensão em idosos, adultos jovens e principalmente nas nossas crianças e adolescentes, acompanhando o crescimento de produtos industrializados, e principalmente os de consumo "rápidos e práticos".  E como fica difícil e sobrecarregado nosso organismo com excesso de sódio e substâncias químicas, no qual o obrigamos a "dar um jeito" com tudo isso...
    Depois de tudo, fica a dica: quanto menor for a ingestão de produtos industrializados, melhor! Observe os rótulos e veja os teores de sódio, gorduras (principalmente saturadas) e aditivos químicos. Ulilize para temperar seus alimentos ervas (salsinha, cebolinha, manjericão, tomilho...). Além de conferir aquele sabor caseiro à comida e saber que cada um deles possuem efeitos terapêuticos, normalmente será diminuído o acréscimo de sal no seu prato. Segue uma receitinha bem prática,fácil e barato:
Sal de ervas
- 1xícara pequena de sal marinho
- Mesma quantidade de óregano, manjericão e alecrim (ou as ervas que desejar)
Triturar no liquidificador e armazenar em um pote de vidro, longe da umidade.

Segue a reportagem do Jornal Nacional, que traz informações alarmantes:

"Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde mostra que 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais dizem sofrem de hipertensão. No total da população adulta, o percentual de pessoas que se declaram hipertensos é de 24,4%. A pesquisa, que foi realizada com 54 mil pessoas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal, mostra um crescimento da auto-declaração da doença em todas as faixas etárias em um comparativo entre 2006 e 2009. O Ministério da Saúde lançou nesta segunda uma campanha nacional para prevenir a doença.

Segundo os dados da pesquisa, o percentual de pessoas que se assumem como hipertensas subiu em todas as faixas etárias na comparação com 2006. Na população adulta como um todo, o percentual de pessoas que disseram ter hipertensão subiu de 21,5% para 24,4%. O Ministério considera o dado positivo porque mostra uma maior compreensão e aceitação da doença.

O crescimento aconteceu em todas as faixas etárias. Entre os idosos, o percentual de pessoas que disseram ter a doença subiu de 57,8% em 2006 para 63,2% no ano passado. Nas pessoas entre 55 e 64 anos, o índice de pessoas que assumiram ter a doença é de 50,4%. Na faixa de 45 aos 54 anos, 34,5% dos pesquisados disseram tinham a doença. Entre os 35 e os 44 anos, 20,9% se disseram hipertensos, enquanto que nos adultos abaixo dessa idade o percentual é de 14%.

De acordo com a pesquisa, as mulheres dizem sofrer mais com o problema entre os homens. Na população total, 27,2% das mulheres disseram ter a doença, enquanto entre os homens o índice ficou em 21,2%.

A cidade do Rio de Janeiro foi a capital em que a pesquisa encontrou o maior percentual de pessoas que se declararam hipertensos (28%). Na sequência aparecem Recife (27,6%), São Paulo (26,5%) e Campo Grande (26,5%). O menor índice foi registrado na cidade de Palmas, com o registro de 14,9% de pessoas com a doença.

São consideradas pessoas hipertensas aquelas que apresentam pressão arterial igual ou superior a 14 por 9. A pressão considerada normal é de 12 por 8. Quem está acima deste valor já deve ter mais atenção ao tema. A hipertensão é causada pelo aumento da contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Isto sobrecarregada vários órgãos, como coração, rins e cérebro, podendo levar ao entupimento de artérias, infarto ou acidente vascular cerebral (AVC)."

Fonte: Jornal Nacional - 26/04/2010

domingo, 18 de abril de 2010

Perigo: "Remédio para emagrecer com venda controlada é vendido por camelôs"

Inicio meu blog com um assunto bem polêmico, mas muito comum no consultório: o uso indiscriminado de remédios para emagrecer. São remédios que prometem um efeito cinderela: emagrecer comendo de tudo ou inibir a fome de uma vez por todas. Não é bem assim que acontece.

Primeiro: Muito estudos já mostram que, esses tipos de remédios desregula o metabolismo do paciente, de uma forma que o peso recuperado pode chegar ao dobro. Isso mesmo: você ganha o dobro do peso que gostaria de perder (ou peso perdido). Vamos combinar: não é difícil encontrar pessoas entre nós que tenham esse discurso, não é mesmo?

Como se não bastasse, ele causa uma "confusão" no nosso sistema emocional, desregulação da tireóide entre outros desequilíbrios hormonais. É isso mesmo: muitos pacientes que apresentam Tireoidite de Hashimoto, alguma vez já fizeram uso de remédios para emagrecimento. Coinscidência ou consequência?

No caso de compulsão alimentar, se faz necessário a regulação e verificação de secreção dos hormônios neurotransmissores da saciedade e fome, e se há deficiência de nutrientes que fazem essa regulação. A ingestão do remédio, só será capaz de piorar o problema, já que a Nutrição celular fica cada vez mais prejudicada, e por consequência aumentando o problema.

Para finalizar meus cometários (pois seria capaz de falar muito mais!), a Europa proibiu sua comercialização. Por que será? Aproveito para deixar meu protesto: O Brasil é o terceiro país do mundo (só perdendo para Argentina) que mais utiliza de remédios para emagrecer. Será que seria um pequeno prejuízo para as farmácias e para o cofres do governo sua proibição no Brasil? (PENSEM NISSO!)

Bom, espero que a leitura seja proveitosa e esclarecedora. Enviem seus comentários!
Muita saúde!

Fonte: Jornal Nacional - 16/04/10
A sibutramina, um remédio para diminuir o apetite, teve a venda proibida na União Européia porque aumentaria o risco de infarto. No Brasil, teve a venda controlada pela Anvisa há duas semanas.
Um comércio perigoso e ilegal: camelôs foram flagrados vendendo sibutramina. É um remédio para emagrecer que teve a venda controlada pela Anvisa há duas semanas.

A sibutramina fica escondida entre bugigangas e aparelhos eletrônicos. É vendida fora da caixa e sem a bula. E é a própria vendedora que explica como deve ser usada.
O remédio que ajuda a diminuir o apetite teve a venda proibida na União Européia no início do ano porque aumentaria o risco de infarto.
No Brasil, a Anvisa passou a exigir que o remédio seja vendido com retenção de receita.
Mas no maior centro de bancas de camelôs de Porto Alegre, um homem oferece o medicamento livremente.
Homem: É mais caro que a farmácia.
Repórter: Por quê?
Homem: Porque é proibido, amigo. Eles pegam da farmácia para vender aqui.
O comércio irregular da sibutramina e de outros medicamentos controlados acontece à luz do dia, em meio a milhares de pessoas. A prefeitura de Porto Alegre fechou algumas bancas de camelôs, mas a venda continua. Até a polícia reconhece a dificuldade em combater a ação dos criminosos.
“Nós temos muitas dificuldades. As pessoas identificam facilmente quando a polícia está fazendo campanas. E infelizmente, as pessoas não ficam com o produto ali, eles ficam em outros lugares”, explica a delegada Patrícia Pacheco.
Na embalagem, a origem do produto: o Paraguai. Segundo a Polícia Federal, boa parte do medicamento entra ilegalmente no país pela fronteira. Muitos brasileiros vão até o Uruguai. Em Rivera, a sibutramina é vendida sem receita em várias farmácias.
Vendedor: Não diga que o senhor comprou aqui. Porque isso precisa de receita controlada!
Repórter: O brasileiro compra direto?
Vendedor: Sim! As mulheres então, nem se fala!
Em outra farmácia, a receita é oferecida pelo proprietário.
Proprietário: Nós conseguimos (receita).
Repórter: Por que tem algum médico conhecido aí?
Proprietário: Não, o hospital tem. A receita é do hospital ali.
Cassiane Bonato, endocrinologista da PUC do Rio Grande do Sul, alerta: usar remédios de origem desconhecida e sem o acompanhamento médico é um perigo. Ainda maior para quem tem problemas no coração.
“Você pode colocar em risco o paciente usando este tipo de medicação sem o controle adequado e sem ficar controlando frequência cardíaca, pressão, ritmo cardíaco. Estes pacientes precisam ser controlados”, avisa.